quarta-feira, 23 de maio de 2012

Joga esse som na minha orelha - The Gramophones ( Resenha Down By The Countryside )

Para voltarmos com nossa coluna vamos começar falando sobre a galera do "The Gramophones" que acaba de lançar seu primeiro disco "Down By The Countryside" pela internet, com todas as faixas disponíveis em sua página oficial do Soundcloud.

Meu primeiro contato com a banda creio que ainda se deu devido a outro projeto de integrantes do quarteto conhecido como "Projeto Caixa Preta", após ver os caras em diversos outras bandas de talento como o próprio Brunno Cunha tecladista com a "Pitty" e mais recente o Monaco com a Hellhound Syndicate ousei experimentar então o som refinado do "The Gramophones" e como falei propriamente para o Monaco, baterista da banda na minha primeira percepção, defino como "um puta som para passar um café, tragar um belo cigarro, relaxar e depois cair na estrada."

O álbum completo possui exatamente isso como tema de experiência para quem esta degustando o som, é literalmente uma pegada sonora voltado pro acústico, quase um folk, mantendo ali uma originalidade com letras em inglês onde muitas bandas brasileiras ainda não tinham arriscado, com uma das melhores qualidades em si que é a simplicidade, sem muito nhê nhê nhê ou pompa, cumpre com seu papél de libertar uma vontade de botar o som pra tocar na caranga e partiu mundão rústico.

Como influências que pude imaginar, posso citar Black Rebel Motorcycles e principalmente Blind Melon.

Um convite para viajar é a história que se passa na sua cabeça enquanto o bolachão toca, as minhas faixas prediletas são a de número 2 "Irish Coffe" que embala a melhor descrição sobre o som dos caras e também a de número 8 "Outta Luck" que já apresenta um pouco mais de peso e uma raiz de influência "stoner" e "pós-grunge" ainda não revelada até então nas outras faixas, com parte elétrica mais percebida, compasso mais marcado e a melodia de voz mais rasgada, vale destacar também faixas mais baladas pouco românticas como "Anna" e "Dear Young Jane", a hora de retirada é feita na faixa 6 que leva o título ao trabalho que possui uma letra brilhante sobre o verdadeiro "fugeri urben" que a arte dos caras quer provocar e finalizando com maestria na faixa 10 "Anyway" que me lembra muito "Johnny Cash" e me dá vontade de jogar poker tomando um whisky! Resumindo um trabalho do cacete!

The Gramophones consegue impor mais do que musicalidade em seu primeiro disco, eles conseguem passar sensações e vontades, é um trabalho de escape, de resgate e de boêmia refinada!

Recomendo mais que urgente você pegar uma SP-340, acender seu fumo de palha e curtir esse álbum com a maior paisagem campestre, se não der pegue um whisky, passe um café, relaxa na poltrona e ligue sua vitrola em casa para no mínimo uma viagem mental !









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